Kamau (SP) Foto: Lígia Torres
Dizer que o p Hip Hop é multifacetado, soa quase que como pleonasmo, afinal, Hip Hop é uma mistura de culturas. Assim também foi o Festival Consciência Hip Hop: Uma mistura de ritmos, sons, comportamento e é claro, música, ou seja multifacetado. O Consciência Hip Hop também foi um termômetro, para os produtores da CUFA – MT (Central Única das Favelas), e pelo que se pode sentir, o desafio de se “envolver” com a comunidade de uma forma mais ampla é latente.
A comunidade participa intensamente das ações da CUFA que são realizadas diariamente. Mas ainda há a necessidade de saber o que a favela gosta de ver e ouvir, além do rap e do break. Você pode dizer que para saber isso, é só ouvir alguma das rádios FM, ou assistir a televisão. Mas temos a temos a total clareza, de que a Favela, é muito mais do que isso. Ela gosta de muito mais, e também tem muito a dizer, mas ela precisa ser ouvida.
Naipe Black (MT) Foto: Lígia Torres
Os shows, que fogem a lógica dos eventos de rap, foram uma mistura de ritmos. Teve a poesia do Kamau, em uma batida forte e contundente, o rap contestador dos grupos A Comissão, Demonstro, Mano Careca e do Cezzão, o engraçado e muito carismático do Lindomar 3l, e ainda o bem estruturado grupo Manos de Responsa. Para quem quis dançar com um ritmo animado teve o ragga do Arcanjo Ras e o Naipe Black. E para quem gosta de espetáculos de dança, teve o Favela Crew e a batalha de break Bradan.
A pluraridade também estava expressa no público. A comunidade que compareceu, ia desde as crianças que brincam diariamente no Centro Esportivo Cultural CUFA, alguns de seus pais, a juventude, que também freqüenta o espaço diariamente, além do público que não é da região Osmar Cabral. Um destaque para a equipe da Cobertura Colaborativa, feita pelo coletivo de comunicação MIC (Mídias Integradas Cuiabanas).
Mara Bertoldo do Manos de Responsa (MG) Foto: Izis Filipaldi
Gabriel Lucas do blog Factoide, Dewis Caldas do blog Carpatia, Bianca Poppi do blog Chitta Bonita, Izis Filipaldi e Lígia Torres, comunicadoras atuantes da cena independente cuiabana estiveram por aqui. Estes, expressam em olhares e comentários (no twitter), como era bacana estar aqui.
Para as pessoas da produção, fica o estímulo que o desafio provoca: ouvir o que a favela tem a dizer. Que venha o Festival Consciência Hip Hop 2011.
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