Atividades do Programa Consciencia Hip Hop retornam com tudo!


No dia 02/01/2008, o Programa Consciência HIp Hop retorna as suas atividades no Centro Sócio Educacional Complexo Pomeri e também no Bairro Jardim Vitória.


As oficinas de Break, Grafitti, Mc, Dj e Basquete de Rua, fora paralisadas por conta do recesso de final de ano. Em dezembro, a CUFA e as coordenadoras do projeto na instituição, realizaram uma reunião a fim de solucionar algumas questões, as quais estavam prejudicando o andamento do projeto, como a falta de comunicação interna no Pomeri.

As coordenadoras se comprometeram a facilitar para que o projeto seja bem sucedido na instituição.

Hoje, o Programa Consciência Hip Hop, que vai para o terceiro ano, atende cerca de 250 jovens dentro do Complexo Pomeri e no Jardim Vitória.

Se você deseja fazer aula de algum dos elementos

é só ligar 3023-8072 ou 3641-3018.

Oficinas do Consciencia Hip Hop no Jardim Vitoria


As oficinas no Jd. Vitória estão sendo desenvolvidas de segunda a sábado na base comunitária da Policia Militar e na escola Senhorinha. Os cursos oferecidos são: Break, Graffiti, Dj, MC e Basquete.

Este trabalho está voltado para crianças e adolescentes da periferia de Cuiabá, que ainda estão em fase de desenvolvimento e serve para que eles não se envolvam com outras coisas como a marginalidade. Para isso são chamados professores da Cufa – Central Única das Favelas, ou seja, exemplo de pessoas que tiveram força de vontade e se propuseram a fazer algo.

Outro curso oferecido é o curso de informática, que tem como público alvo pessoas que não tem condições de pagar um curso completo. As aulas têm preços acessíveis, chegando a R$10,00 por mês. A duração do curso é de três meses. Dentro desse tempo é dado o curso básico, mas que é o suficiente para uma pessoa arrumar um bom emprego, ao invés de pagar mais. E no final do curso a pessoa já tem seu certificado garantido.

Mais informações:
3641-3018 – Núcleo Jardim Vitória

Cufa e coordenação do Pomeri se reunem para discutir melhorias para o programa


O Programa Consciência Hip Hop continua com toda força dentro do Centro Sócio Educativo Complexo Pomeri.
Ontem a CUFA e a coordenação do projeto dentro da unidade se reuniram para acertar alguns ponteiros, referente à execução do projeto.
Foram diagnosticadas algumas falhas em oficinas, tais como a não adaptação de alguns internos nas aulas das quais participam. Procuramos solucionar esse tipo de questão com maior urgência possível, com o auxílio da unidade.

MV Bill lança em Mato Grosso livro sobre mulheres e o tráfico de drogas




O rapper MV Bill volta a Mato Grosso no dia 18 de dezembro para lançar o livro "Falcão – mulheres e o tráfico", que relata a realidade das mulheres envolvidas com o tráfico de drogas em várias partes do Brasil.

O lançamento,que acontece em Sinop, às 20 horas, contará com a presença do parceiro deBill, o produtor Celso Athayde, e da rapper e locutora de rádio Negga Gizza,do Rio de Janeiro.


Os artistas participarão também de uma mesa-redonda com o tema "Mulheres das periferias de Mato Grosso e as diversas formas de violência", que será acompanhada por lideranças de bairro, representantes de ONGs e do poder público.



A entrada é gratuita.

Mais informações: 3023-8072.


Assessoria de Imprensa:

Neusa Baptista – 6664 1984/92260944

Fernanda Quevedo - 3023-8072/99599554

Hip Hop como estratégia de intervenção e trasformação social.


Negra em constante movimento, a rapper Negga Gizza fala sobre questões que apontam para Consciência no Hip Hop.


Gizza fala sobre trabalhos realizados com jovens através dás expessões do Hip Hop e de aúdio visual. Ao falar sobre preconceitos, ela fala também de estratégias de enfrentamento, e não aponta a educação como único fator de transformação.


Mulher, negra,rapper, ativista e empreendedora social. Podemos assim "classificar" uma das fundadoras da CUFA.


Confira toda a movimentação de Negga Gizza pela entrevista.


Cufa: um pólo de produção cultural, que pode transformar a vida do jovem.


A Central Única das Favelas (Cufa) surgiu em 1998 com reuniões de jovens de várias favelas do Rio de Janeiro, que pertenciam ao movimento hip hop e buscavam espaço na cidade para expressar suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver.


Tornou-se uma organização nacional que trabalha por um ideal: transformar as favelas, seus talentos e potenciais diante de uma sociedade onde os preconceitos de cor, de classe social e de origem ainda não foram superados.


Hoje, a Cufa funciona como um pólo de produção cultural, que forma, e informa, jovens de comunidades, oferecendo perspectivas de inclusão social. Uma das fundadoras da Cufa – junto com MV Bill e Celso Athayde – Negga Gizza, como é conhecida Giselle Gomes na comunidade, conta um pouco do que é a Cufa e fala da importância da cultura, da música, na vida do jovem.


– A Cufa surgiu como uma manifestação cultural do hip hop, mas acabou ampliando as formas de expressão, conscientizando e elevando a auto-estima das camadas não privilegiadas, por meio de uma linguagem própria. Você pode falar um pouco desse trabalho com os jovens, dando enfoque para a importância da música e da cultura na formação do jovem?

Gizza – A gente tem um espaço funcionando dentro da comunidade e esse trabalho da Cufa é uma opção para o jovem. É uma forma de dar uma oportunidade para o jovem ter uma opção. Eu acho que é isso que falta hoje não só dentro das favelas mas na sociedade em geral. O jovem precisa de oportunidade, seja ele um jovem que conseguiu fazer o estudo básico, o segundo grau completo, seja ele uma pessoa que não conseguiu estudar. Esses dois jovens precisam ter uma oportunidade, de acesso a cultura, a informação, de freqüentar estágios.


– Vocês promovem essa oportunidade aos jovens por meio de que atividades?

Gizza – Temos atividades nas áreas da educação, lazer, esportes, cultura e cidadania, por meio das quais procuramos contribuir para o desenvolvimento humano e trabalhamos com vários elementos do hip hop: graffiti (movimento organizado nas artes plásticas em que o artista aproveita espaços públicos, criando uma nova identidade visual em territórios urbanos); DJ (artista que alia a técnica à performance, utilizando pick-ups e discos de vinil); break (estilo de dança de rua originário do movimento hip hop); rap (‘ritmo e poesia’, estilo musical culturalmente herdado das populações latinas e negras e cujas letras retratam o cotidiano das periferias); audiovisual (valorização da imagem como instrumento de mobilização social); basquete de rua (esporte oficialmente embalado pelo rap); literatura (onde os jovens expressam sua arte e suas vivências através da escrita e obtêm conhecimentos relativos às obras ou aos escritores literários) e projetos sociais (conjunto de ações que busca por uma). (transformação social a partir das comunidades).


– Na área do audiovisual vocês têm um trabalho reconhecido ...Gizza – O audiovisual surgiu com a idéia de ter o registro de nossa história, das coisas que acontecem, da necessidade de registrar a informação para nós mesmos e informações futuras, para pessoas que ainda vão nascer, para registrar uma história. Ainda estamos aprendendo, fizemos o documentário Falcão (Falcão – Meninos do Tráfico é um documentário produzido pelo rapper MV Bill, pelo seu empresário Celso Athayde e pelo centro de audiovisual da Central Única das Favelas que retrata a vida jovens de favelas brasileiras que trabalham no tráfico de drogas). Além de ser uma produção independente, que se tornou popular, foi uma oportunidade para os jovens estarem mexendo com a câmera, fazendo coisas, aprendendo. Além disso, produzimos e veiculamos a cultura hip hop através de publicações, discos, vídeos, programas de rádio, shows, concursos, festivais de música, cinema, oficinas de arte, exposições, debates, seminários e outros meios.



– Vocês começaram esse trabalho aqui, na Cidade de Deus, e depois foram ampliando para outras favelas do Rio e de outros Estados. Quantas unidades da Cufa existem hoje?

Gizza – Cidade de Deus foi à primeira unidade, depois trabalhamos um tempo em Jacarezinho, mas lá a base fechou. Hoje, no Rio, tem unidades da Cufa em Cidade de Deus, no Complexo do Alemão, em Acari, e em Madureira, onde funciona o Centro Esportivo e Cultural da Cufa. Fora do Rio, temos unidades em São Paulo, no Ceará, em Belo Horizonte, no Recife, em Mato Grosso e em Brasília.


– Como foi esse trabalho de expansão?

Gizza – No começo era um movimento muito unificado (do hip hop), depois as pessoas foram criando seus núcleos, suas redes e cada um descobrindo a melhor forma de trabalhar. Eu trabalho com hip hop mas não dá para ter o mesmo pensamento do cara que mora em São Paulo, que mora no Maranhão. A gente tem que viver o hip hop na nossa realidade, no Rio de Janeiro, o funk e tal... Daí percebemos a importância de conseguir trabalhar, de criar um movimento, que fosse ligado ao hip hop e que fosse além da cultura do hip hop. Depois, na prática, descobrimos que era uma questão de se organizar, não era só ter um movimento, um núcleo.


– Como vocês trabalham com o preconceito, já que o próprio movimento do hip hop ainda sofre com o preconceito?

Gizza – O preconceito existe, pela diferenças sociais, que faz com que as pessoas se afastem, não se conheçam, cada um tem a sua prioridade, o seu privilégio. O preconceito separa as pessoas e não tem como acabar com isso, porque é um problema histórico. Mas acho que tem como fazer com que as pessoas possam ser vistas de forma diferente, que é o que todo mundo quer: ser visto de forma mais respeitosa, ser recebida nos espaços com respeito e acho que o preconceito está um pouco longe disso. A gente não está aqui para chorar, para reclamar, mas para tentar fazer mudança, de forma pacífica, que é bom para os dois lados, mas se não for possível, de forma mais agressiva porque, às vezes, não existe outra forma de fazer mudança sem ser, em alguns momentos, agressivo. Hoje a gente está muito mais aberto a conversar com todo mundo, a discutir solução, pensar em soluções. A gente não quer ficar para trás, queremos evoluir. Eu acho que os novos pensamentos estão vindo, a gente pratica isso, aprende a ser diferente, mesmo que a nossa realidade faça com que às vezes a gente seja muito agressivo, a tendência é a gente segurar essa agressividade e pensar de forma diferente.


– Você falou da importância da busca de soluções. Com a experiência do trabalho com a comunidade, quais seriam as melhores soluções, enquanto política pública, para a juventude?Gizza – No espaço que temos hoje oferecemos cultura, cursos profissionalizantes e temos como meta chegar na área da saúde, conseguir trabalhar um pouco em palestras, em projetos para dar as pessoas noção de como cuidar da sua saúde na realidade em que elas vivem, na comunidade com esgotos abertos, ensinar como se preserva a saúde da criança, do jovem, do idoso. Além das oficinas voltadas à cultura, da qual já falamos, temos um telecentro, as pessoas podem viajar no site, ter informações não só de entretenimento, mas para seus estudos e para sua área profissional. Temos também cursos profissionalizantes, como de gastronomia, produção de eventos, viabilizados em parceria com o governo federal.


– Como é a aproximação com jovens? Vocês procuram, a comunidade indica, é iniciativa do próprio jovem vir para Cufa?

Gizza – A intenção é fazer com que o jovem reconheça o espaço como um espaço dele, que ele se sinta em casa, a ponto da gente ter que botar ordem, como se aquilo fizesse parte da vida dele dentro da comunidade. O jovem se inscreve para um curso e a partir dali a nosso trabalho é fazer com que ele freqüente o espaço, as oficinas e que a gente acompanhe ele fora do espaço. Se acabar uma oficina, a nossa vontade é que ele continue freqüentando o espaço, não como um aluno, mas como uma pessoa que vai contribuir com o que aprendeu e passar para outras pessoas. Os jovens que trabalham aqui hoje, como voluntário, e os que prestam serviços, são pessoas que saíram daqui. É um diferencial, embora o jovem que tenha aprendido lá fora ele também contribui, mas o que aprendeu aqui ele serve como referência para o próprio jovem da comunidade. Nossa intenção é que o jovem acabe a oficina mas continue freqüentando o espaço como parte da vida dele, nem que venha aqui para fazer uma hora de voluntariado, duas vezes por semana. Com as crianças e adolescentes a gente tem um acompanhamento, que envolve psicólogos, psicopedagogos, assistente social, que acompanham esse jovem na escola e em casa, onde conversam com os pais para eles entenderem como é a oficina que o jovem participa. O menino que faz oficina de basquete de rua chega em casa querendo jogar bola e, às vezes, os pais reprimem e não sabem a importância que é para ele aquela atividade. Então a gente informa qual o método que usamos para esse jovem jogar basquete de rua. Ao compreender, os pais aceitam toda a demonstração, o reflexo que acontece com ele dentro de casa, que ele trouxe da oficina que ele freqüentou. É trabalhoso mas tem tido efeito.


– Freqüentar a escola é uma exigência para participar das atividades da Cufa?

Gizza – É recomendável, mas se não está a gente procura abrir espaço para essa criança. Já trouxemos jovens que não estavam estudando e, ao participar de uma oficina, voltou a estudar. Esse núcleo de pedagogas, psicólogas e assistentes sociais acaba indo às escolas e pedindo espaço para esses alunos, seja adolescente, seja criança. A gente leva de volta para a escola, é um trabalho feito em parceria com as escolas, com a família, é uma junção.


– A Cufa promove, este ano, a oitava edição do festival Hutúz. Como é participação dos jovens na produção desse festival, criado para divulgar o movimento hip hop?

Gizza – A produção e a direção são feitas pelos jovens e pela comunidade. É um festival voltado para o hip hop. Nasceu como um prêmio voltado para os artistas do hip hop, para quem fazia dança, e foi crescendo (começou em 2001). Tem um prêmio para os destaques - quem se destacou em 2007 vai aparecendo na lista, indicado por jurados. São 15 categorias que abrangem ciência, conhecimento, documentários sobre hip hop, a melhor música, etc. Tem também um festival de shows que é o Hútuz Hap Festival, que acontece no Circo Voador. São três noites que reúnem mais de 500 artistas. Tem também o seminário Hútuz, que reúne pessoas do movimento e de fora para analisar e discutir o que está acontecendo no hip hop, e temos o Hútuz Latino, que procura fazer a junção da música Rap no Brasil e na América Latina, divulgar o que está rolando, saber qual é a língua que cada um está falando, se é parecida ou é diferente. A gente acaba fazendo também da música uma discussão, é bem bacana.O envolvimento dasmulheres no tráfico.


– E qual a linguagem hoje do jovem latinoamericano?

Gizza – É muito parecido com o que a gente tem falado no Brasil, tanto nas discussões políticas, quanto nas reivindicações. Existem outras cufas... é um movimento de um monte de gente consciente, que quer fazer mudança de verdade e quer trazer novos adeptos para essa mudança. A gente está falando a mesma língua nesse sentido, estamos fazendo algo, ninguém está parado, mas procurando alguma coisa para abrir caminhos. É bom saber que o efeito de viver o inconformismo que a gente vive aqui também existe nos países vizinhos. Vamos pensar, mobilizar as pessoas para pensar, escolher os políticos certos, pensar o futuro do país, mas pensar de forma pratica, que seja bom para todos os lados. Acho que é isso. A intenção não é fazer com que melhore aqui para nós, mas fazer com que melhore para todo mundo e, se vai melhorar para todo mundo, que nós estejamos incluídos nisso também, a mobilização é em volta disso.


– Será lançado oficialmente este mês o livro “Falcão – Mulheres e o Tráfico”, de Celso Athayde e MV Bill...

Gizza – Mulheres e o Tráfico é a continuação do projeto que resultou no documentário e no livro Falcão — Meninos do Tráfico, lançado em 2006. É resultado de um trabalho do MV Bill e do Celso Athayde, que descobriram que a vida desses meninos estava ligada à trajetória de suas mães, filhas, irmãs, amigas, esposas e namoradas. Eles contam histórias de mulheres que, de alguma maneira, passaram a interagir e, em alguns casos, a integrar a indústria do tráfico de drogas e resolveram fazer esse livro mostrando a experiência e contando o que está acontecendo no Brasil. O livro será lançado no dia 26, no Cine Odeon, no Rio, com uma mesa-redonda para discutir o envolvimento das mulheres no tráfico.


– Como você se envolveu com a Cufa, se tornou uma líder na comunidade?

Gizza – Eu sou uma mulher que era uma menina inconformada, com muitas perguntas, buscando respostas. Me envolvi em rádio comunitária com 13 anos, conheci o hip hop, que se tornou o caminho para eu fazer as coisas que eu tanto queria fazer. Eu nem sabia direito o que queria, mas tinha muitas perguntas, queria entender como era o sistema, como aconteciam as coisas, como elas se refletiam dentro da minha vida, porque a política em si refletia na minha casa, no meu bolso, na minha família. Tinha vontade de fazer parte de uma revolução... Eu vim de uma família que não era tão estrutura, perdi um irmão no tráfico de drogas, e queria aprender qual era o caminho para se ter uma família estruturada no Brasil, para melhorar a vida. Descobri que minha história não era a única, que as pessoas tinham histórias parecidas, que estava crescendo o número de jovens morrendo, de jovens se envolvendo com droga. Eu acabei encontrando um pouco de Deus, um pouco de solução, encontrei um caminho, participei da fundação da Cufa junto com o Bill e com o Celso, me envolvi com a música, gravei um disco, acabei entrando nessa luta e estou aqui com muita satisfação. O que me mantém viva é isso: a gente está em movimento, temos quatro bases funcionando, a regra é imposta por nós, temos contribuição de fora, respeitamos essas pessoas, mas a gente controla tudo, faz tudo e isso faz a diferença, a gente faz junto com a comunidade, junto com a favela.


– Do lado pessoal você conseguiu uma família mais estruturada?

Gizza – Estou casada, com dois filhos, acho que vou conseguir deixar bastante coisa para os meus filhos, uma influência, minha filha de cinco anos me acompanha e tento passar para ela essa noção... Se amanhã eu não estiver aqui, ela já sentiu o gosto de que minha mãe fazia isso, qual o propósito, vai entender um pouco. Meu filho a mesma coisa. Não é fácil dar atenção a sua família e se dedicar a Cufa, mas acho que consegui ter uma base, noção de muitas coisas que eu não tinha, achar um caminho.



JA COMEÇARAM AS OFICINAS DO PROGRAMA CONSCIENCIA HIP HOP NO JD. VITÓRIA

CUFA E SEJUSP apresentam:



Oficinas do Programa Consciencia Hip Hop no Bairro Jardim Vitória
Não perca tempo e se inscreva!
As aulas são gratuitas para toda a comunidade.
Para mais informações: 3023-8072 / 3641-3018

Confira os horários:

Oficinas de Grafitti - Instrutores Snarf e Aedo
segunda e sexta feira - das 08:00 as 10:00 h
Local: Base de segurança comunitária

Oficinas de Mc - Instrutores Buda e Linha Dura
Terça e quinta feira - das 14:00 as 16:00 h
Local: Base de segurança comunitária

Oficinas de Basquete de Rua - Instrutor Marcelo Sanito
Quarta feira das 15:00 as 17:00 h e sabado das 08:00 as 10:00 h
Local: quadra da escola Djani e Senhorinha Alves

Oficinas de Break: Instrutor Ronaldo Bozo
Terça e sexta feira das 15:00 as 16:45 h
Local: quadra da escola Senhorinha Alves

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LULA NOMEIA MV BILL E DELFIM NETO PARA COMPOR O CONSELHO DE TV PÚBLICA






O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou nesta segunda-feira 15 representantes da sociedade civil que vão compor o conselho curador da Empresa Brasileira de Comunicação --futura TV pública.


O conselho é composto também por quatro ministros: Educação (Fernando Haddad), Cultura (Gilberto Gil), Ciência e Tecnologia (Sérgio Rezende) e Comunicação Social (Franklin Martins). As nomeações devem ser publicadas, nos próximos dias, no "Diário Oficial" da União.


Na relação dos nomeados hoje estão o ex-ministro e ex-deputado Delfim Netto (PMDB), ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo (DEM), o consultor da TV Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni), o cantor de rap MV Bill, a carnavalesca Rosa Magalhães e Maria da Penha Maia, que deu nome à lei Maria da Penha o que aumenta o rigor das punições contra agressões às mulheres, entre outros.


O ministro Franklin Martins (Comunicação Social) afirmou que o critério de escolha dos 15 representantes da sociedade civil foi "amplo, plural e observando as diferentes experiências de cada um".


A TV pública foi criada pelo governo por MP (medida provisória), o que gerou protestos de deputados que integram o Fórum Parlamentar de Radiodifusão. O orçamento geral da nova emissora será de aproximadamente R$ 350 milhões.


Na quarta-feira, Franklin deverá falar sobre o assunto na Comissão de Ciência e Tecnologia, na Câmara.Segundo o ministro, a formatação da TV pública ainda está em fase de elaboração. Mas afirmou que até março de 2008 a nova emissora deverá estar pronta e poderá ser constituída.A MP que cria a TV pública ainda não votada. Porém, o ministro disse estar confiante na sua aprovação.


Segundo ele, os que resistem à proposta devem avaliar a importância da nova emissora. "É uma TV pública. Não é uma TV [do presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva]. O objetivo é mostrar a grade nacional", disse ele. "Uma TV Pública faz bem."


Confira a lista de Representantes nomeados pelo Presidente.


Ângela Gutierrez - empresária e empreendedora cultural
Cláudio Lembo - ex-governador de São Paulo, advogado e professor universitário
Delfim Netto - ex-ministro, ex-secretário estadual de São Paulo, ex-deputado e economista
Irma Vieira - diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi (PA)
Isaac Pinhanta - professor indígena da tribo dos Ashaninka (AC)
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni) - empresário, ex-diretor da TV Globo e atualmente é consultor desta empresaJosé Martins - engenheiro mecânico e empresário
José Paulo Cavalcanti Filho - ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça e ex-presidente da Empresa Brasileira de Notícias
Lúcia Willadino Braga - diretora da Rede Sarah de HospitaisLuiz Edson Fachin - especialista em Direito de Família
Luiz Gonzaga Belluzo - ex-chefe da Secretaria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda e ex-secretário estadual de São Paulo
Maria da Penha Maia - que teve o nome divulgado em todo país na Lei Maria da Penha que aumenta o rigor das punições contra agressões às mulheres
MV Bill - cantor de rap e autor de livros e documentários
Rosa Magalhães - carnavalesca e artista plástica
Wanderley Guilherme dos Santos - pró-reitor de Análise e Prospectiva da Universidade Cândido Mendes.



RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

CONHEÇA CELSO ATHAYDE, E SE INSPIRE!



Celso Athayde fundou a Central Única das Favelas (CUFA) para, por meio da cultura do hip hop, empoderar os jovens e torná-los protagonistas na transformação de suas comunidades, propondo soluções para o seu desenvolvimento e buscando parcerias e ações que possam influenciar a maneira pela qual a sociedade vê essa parcela da população.


Celso criou um mercado de trabalho que se contrapõe ao mercado ilegal das drogas, promovendo atividades voltadas para a cultura visual e a gravação de discos e filmes, oferecendo aos jovens favelados novas opções de geração de renda.


Na CUFA, Celso define com os jovens quais as atividades que pretendem realizar e ajuda a implementá-las. Nesse processo, capacita os jovens, promovendo o resgate da cidadania e a atuação em espaços públicos, e envolve atores externos, como artistas e intelectuais reconhecidos, para debates sobre a cultura da favela.


Promove, também, eventos para valorizar a cultura do hip hop, como o Prêmio Hutuz, que já inclui 17 categorias e se tornou parte do calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro.Celso nasceu na favela e cedo começou a conviver com traficantes. Interessado pelo mundo que existia fora da favela, começou a estudar enquanto trabalhava como vendedor de rua.


Logo se tornou líder dos camelôs no subúrbio em que vivia e onde descobriu a cultura do hip hop e suas raízes africanas. Fundou, então, a CUFA e reuniu um grupo que começou a gravar e que em 1999 lançou o primeiro disco de MV Bill, que se tornou o rapper mais popular do Brasil.O trabalho da CUFA, que envolve mais de 5.000 pessoas em favelas do Rio de Janeiro, já está sendo replicado em 20 outros estados do Brasil, sempre com foco em cursos de cidadania, etnia, empreendedorismo e geração de renda.


Para atrair jovens que não se envolvem com a cultura do hip hop, Celso criou a primeira liga de basquete de rua do mundo, que foi incluída no calendário da Secretaria dos Esportes do Rio de Janeiro e nos Jogos Pan-Americanos de 2007. A ação de Celso se tornou mais conhecida após o lançamento do filme “Falcão: meninos do tráfico”, feito pelos jovens do CUFA, que se tornou sucesso de bilheteria e ampliou para todo o país o debate sobre o problema da favela e do tráfico de drogas.

PROJETO CONEXÃO HIP HOP EM DOURADOS MS


Hip Hop, oficinas dos cinco elementos do Hip Hop, Audiovisual, Mostras de Cinema, skate, basquete de rua e solidariedade com as comunidades dos bairros da Periferia de Dourados. Tudo isso faz parte do Projeto Conexão Hip Hop que culmina com um festival de várias bandas de Rap estadual e interestadual e que deve agitar o dia 09/12/2007 em Dourados no Espaço Jorge Antonio Salomão.


Os grupos Face Real (Sinop –MT), Linha Dura e DJ Taba (Cuiabá - MT) e + 15 grupos de Rap do estado irão dividir o palco do Espaço Jorge Antonio Salomão.A entrada para o Festival será a doação de um brinquedo que será doado às crianças da periferia de Dourados.


O Projeto é uma iniciativa da Organização não-governamental Pulsar, que atua no estímulo à preservação do meio ambiente, cultura, comunicação popular e do respeito aos direitos dos povos indígenas, Juntamente com a Central Única das Favelas - CUFA, que é um movimento nacional que tem se organizado em torno de um comum interesse: transformar seus talentos em potenciais diante da sociedade, ainda muito marcada pelos preconceitos e pela disparidade entre as classe sociais.



A CUFA tornou-se um referencial para as comunidades e hoje possui núcleos em vários estados do Brasil inclusive em Dourados.


As atividades do Projeto ocorrerão no início das noites dos sábados às 19h30min, nos dias: 17/11/2007: Escola Álvaro Brandão – João Paulo II; 24/11/2007: Escola Antonia Candido de Melo – Parque das Nações II; 01/12/2007: CRÁS – Estrela Porá e 08/12/2007: CRÁS – Canaã I, com o apoio das lideranças do Orçamento Participativo e lideranças dos bairros.



A Mostra de cinema popular terá projeções gratuitas de filmes e será realizada em espaço público dos bairros. Serão exibidos filmes de longa e curta metragem de produção mais recentes, e também importantes obras da história do cinema brasileiro.



A Mostra pretende ser um primeiro passo para constituir um espaço permanente de exibição e debate com a comunidade sobre cultura, questões sociais e econômicas que afetam diretamente as comunidades moradoras dos bairros de periferia.


Um dos intuitos é chamar a atenção da opinião pública para estas regiões com alto contingente populacional, grande efervescência cultural e nenhum espaço nos bairros para disseminação. O projeto Conexão Hip Hop quer incentivar o interesse da comunidade pela cultura cinematográfica, inserindo o audiovisual no campo das atividades locais, buscando promover um espaço de reflexão crítica sobre este imaginário.

O PROGRAMA HIP HOP RETORNA AS SUA ATIVIDADES NO COMPLEXO POMERI






O programa Consciência Hip Hop retornou as suas atividades no Complexo Pomeri, nesta segunda-feira. O projeto, que foi idealizado pela CUFA – MT, tem como objetivo proporcionar um espaço através da ação cultural o desenvolvimento humano para os adolescentes ali internos.

O projeto que terá a duração de seis meses, intenta demonstrar a esses jovens que através da cultura hip-hop e seus elementos (break, graffiti, Dj, Mc e basquete de rua) eles podem se encontrar com como cidadãos, e se descobrirem como artistas e pessoas de talento, proporcionando visibilidade social a si mesmos, na qual estes encontram em situações criminosas.

Os internos (que soman um total de 126 adolescentes atendidos), passaram na semana passada pelo processo de escolha das atividades pelas quais se identificam. Foram acompanhados pela equipe técnica da instituição (psicólogas e assistentes sociais) e os instrutores da CUFA.

Este ano o projeto conta com uma novidade: as oficinas ministradas para as meninas que são atendidas pelo projeto Siminina. Serão 10 meninas que farão aulas de Mc e Graffiti. Da-lhe mulherada!!!

Confiram aqui e no www.cufacuiabá.blogspot.com, semanalmente as notícias das oficinas e também de outras atividades desenvolvidas pela Cufa.

A CUFA não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos!

Festival reune em um só painel artistas de SP, MT, MS, GO e DF

Festival reúne 3.500 participantes e deixa de presente maior painel de graffiti do Estado

Cerca de 3.500 pessoas passaram pela Praça Tradições Culturais, no bairro do Porto, durante as duas noites de shows do 3º Festival Consciência Hip Hop, na última sexta-feira (7) e sábado (8), em Cuiabá. Organizado pela Central Única das Favelas de Mato Grosso (Cufa-MT), o festival reuniu participantes de todos os estados da região Centro-Oeste e do Distrito Federal, numa grande festa que reuniu os quatro elementos do hip hop: break, graffiti, DJ, MC. A programação, que incluiu também seminários, atividades educativas com crianças e basquete de rua, teve início no dia 4 de setembro e se estendeu até o sábado (8). Quarenta grupos de rap apresentaram-se durante o evento. Diferentes sotaques, letras e temas embalaram o público nos dias 7 e 8. Foram 25 grupos de Mato Grosso, seis de Goiás, quatro do Distrito Federal, dois do Mato Grosso do Sul, um de São Paulo, o SNJ – Somos Nós a Justiça, e um da África, o aguardado Sevenlox. Enquanto o som rolava no palco, jovens suavam a camisa jogando basquete. "É só um bate bola mesmo, sem competições, vitórias, derrotas ou times formados. Assim conseguimos manter melhor o caráter de basquete de rua", contou Jean, membro da Cufa-MT e organizador do esporte durante o festival. Daniel Elias, 16 anos, mora em Várzea Grande e passou parte da noite jogando basquete. "É uma iniciativa interessante. É o momento de aprender um pouco mais sobre o basquete", conta ele, entre uma cesta e outra. No espaço do Festival ainda foi montada uma Feira Urbana, espaço de exposição e comercialização de produtos ligados à cultura Cuiabana. A programação do Festival ainda introduziu jovens na sétima arte, em um curso de audiovisual dado por integrantes da Cufa-Audiovisual do Rio de Janeiro. Por meio do Consciência Turismo, estudantes secundaristas visitaram os pólos de produção da Cufa-MT em Cuiabá. Oito filmes diferentes foram exibidos gratuitamente para a comunidade em escolas, praças e no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc).

Maior intervenção de graffiti do Estado

A arte do graffiti fez história em Mato Grosso durante o Festival. No sábado (8), foi feito o maior painel do Estado, com o maior número de artistas, 20, contra cinco no ano passado, na última intervenção do estilo. O muro da escola José Magno, no bairro Goiabeiras, foi o contemplado, com um desenho de cerca de 30 metros de largura por 3 de altura. Participaram da intervenção grafiteiros de todos os estados da região Centro-Oeste, além de artistas de São Paulo. "Foi uma experiência muito válida. Muitos estavam participando pela primeira vez. Teve mais gente que esperávamos. O intercâmbio que rolou também foi bastante importante", conta Pack Nolé, da Cufa-MT.

Consciência Seminário

Reunir representantes do Hip Hop, produtores culturais e autoridades do segmento para discutir formas de fortalecer a cultura Hip Hop na região Centro-Oeste. Este foi o objetivo do “Consciência Seminário”, atividade que integrou a programação do Festival.Nos dois dias de debates, realizados no Clube Feminino, em Cuiabá, cerca de 250 pessoas, entre rappers, DJs, B. Boys, grafiteiros e outros militantes da cultura Hip Hop de Cuiabá, do interior de Mato Grosso, de várias cidades do Mato Grosso do Sul, de Goiânia e de Brasília trocaram experiências, a fim de fortalecer os mecanismos de formação, circulação e consumo dos produtos da cultura Hip Hop.Para Paulo Fagner da Silva Ávila, o rapper Linha Dura, um dos integrantes da Cufa-MT, o movimento Hip Hop é um grande exemplo da produção independente, mas faltam estratégias e mecanismos de comunicação que fortaleçam os grupos do Centro-Oeste. “Precisa haver mais interação entre os grupos de Mato Grosso, Brasília, Goiás e Mato Grosso do Sul. Os trabalhos desenvolvidos nesses estados precisam ser mais divulgados e a internet, sem dúvida, é um ótimo espaço para isso porque atrai milhares de pessoas diariamente”, disse o Mc. O representante do Instituto Cultural Espaço Cubo, Ahmad Jarrah, acredita que os veículos de comunicação têm papel fundamental na divulgação dos eventos e na distribuição do material dos artistas, mas os grupos têm que assumir suas responsabilidades. “Os artistas precisam produzir seus CDs e divulgar seus eventos para que o público possa conhecer seu som. O CD é o cartão de visita do artista e o público precisa ter acesso a ele, seja na internet ou comprando a preços baixos”, explicou.Apoiado pelo Governo do Estado de Mato Grosso e pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, o Festival Consciência Hip Hop já é considerado o maior evento da cultura Hip Hop da região Centro-Oeste. O festival surgiu em 2005 com o objetivo de descentralizar e fomentar a arte crítica. Essa cultura é considerada hoje um dos instrumentos mais úteis de inclusão social no mundo. Promove a construção do conhecimento crítico através das manifestações artísticas dos jovens oprimidos, por meio do Graffiti (artes plásticas), MC (Música), DJ (Música), Break (dança) e Basquete de rua (Esporte).

Programação do 3º Festival Conciencia hip hop termina neste sábado

O show da banda paulista SNJ-Somos Nós a Justiça encerra na noite destesábado (8) a programação do 3º Festival Consciência Hip Hop, promovido pelaCentral Única das Favelas de Mato Grosso (Cufa-MT). A programação acontece àpartir das 18 horas, na Praça Tradições Culturais, no Porto.Debates, apresentações artísticas de break, B. Boys, MCs e performances degrafiteiros, entre outras atividades, têm movimentado Cuiabá. Na noite destasexta-feira (7) várias bandas locais se apresentaram no palco do festival, ea estrela da noite foi a banda de rap africana Sevenlox, composta de músicosvindos da Guiné-Bissau. Batalhas de MCs e dançarinos de break tambémanimaram a noite na Praça das Tradicões Culturais, onde foi armada uma FeiraUrbana.

Neste sábado (8) encerra-se também a programação do "Consciência Seminário",mesa de debates que está reunindo representantes do hip hop, produtoresculturais e autoridades do segmento para discutir formas de fortalecer acultura hip hop na região Centro-Oeste. Os debates acontecem à partir das14 horas, no Clube Fe
minino, no centro da Capital.Ontem (7), o "Consciência Seminário" reuniu cerca de 200 rappers, DJs, B.Boys, grafiteiros e outros militantes da cultura hip hop da capital e dointerior de Mato Grosso, de várias cidades do Mato Grosso do Sul, de Goiânia e de Brasília. A idéia é formar uma rede de troca de experiências,fortalecendo os mecanismos de formação, circulação e consumo dos produtos dacultura hip hop.Porém sem ter o mercado como fim principal. É o que explica Paulo Fagner daSilva Ávila, o DJ Linha Dura, um dos integrantes da Cufa-MT. "Queremostrabalhar fora dessa lógica capitalista, de 'artista estrela'. Artista écomo pedreiro, tem que ralar muito."Seguindo essa lógica, nesta edição do festival foi priorizada a participaçãodos grupos do interior de Mato Grosso e de grupos artísticos poucoconhecidos de outros estados. "Este ano, a idéia foi fazer uma espécie defestival underground de rap, trouxemos alguns grupos que nunca tinham saídode seu estado, para valorizar principalmente os grupos pouco conhecidos",comentou ele. Ao todo, 40 grupos participam do festival.Investimento – A falta de organização do movimento hip hop foi a principalfalha apontada pelos integrantes do movimento presentes no primeiro dia de"Consciência Seminário". Também houve reclamação quanto à falta de apoiodo poder público. A conseqüência, segundo os militantes, é o espaço restritoque o hip hop ocupa nos vários municípios. "Falta espaço, porque público agente já tem, que é o pessoal da periferia", comentou o coordenador da Cufaem Sinop, Anderson Maciel. Para ele, a organização e a centralização dasações são a chave de tudo. Apesar dos problemas, em sua opinião, o movimentotem conseguido se organizar. "Em Sinop, está aumentando a consciência dosgrupos, eles já estão se tornando seus próprios produtores. Só através daorganização é que vamos poder debater de frente a frente com as autoridades,sejam de que patente forem."A necessidade de organização dos grupos também foi apontada pelosparticipantes de Brasília. Eles garantem que, apesar de estarem próximos doscentros de poder, a dificuldade para captar recursos é grande. E opreconceito contra hip hop é um dos principais entraves. "O Estado vê omovimento com outros olhos. Sem um empresário por trás é muito difícil paraos grupos ocuparem espaços", opina o vice-presidente da Associação OriginalJovem, Antônio Pereira. Ele e o presidente do Recanto das Emas Crew,Welington Matias, o Tom, relatam a realidade: "Os MCs pagam para cantar nosshows. Há uma desvalorização do hip hop. Enquanto cantores de axé ganhamentre R$ 500 e R$ 600, os rappers recebem R$ 50 por show."No Mato Grosso do Sul, a situação é parecida. Jovens de municípios comoDourados e Campo grande reclamam da dificuldade em aprovar projetosculturais. "Mandamos projetos que nunca são aprovados. Aqui no encontro,espero aprender um pouco mais sobre as leis de incentivo à cultura e aelaboração de projetos", comentou o B. Boy Daniel Ferreira, o Bob."Nossas obras são tão importantes quanto as do Chitãozinho e Xororó, mas nãotêm a mesma visibilidade", aponta o músico HG, que também vê de formapositiva a mobilização do movimento em torno da organização, a exemplo doque vem acontecendo em Dourados, onde estão surgindo novos grupos degrafiteiros e rappers. "Para ser respeitado, é preciso primeiro serespeitar, encarar o hip hop não apenas como militância, mas como arte, seprofissionalizar", alertou ele, falando aos jovens reunidos no seminário.O diálogo entre as manifestações culturais das diferentes camadas dasociedade foi a solução apontada pelo professor José Carlos Iglesias paradiminuir o preconceito contra o hip hop. Filósofo e docente das faculdadesUnicen, em Tangará da Serra, ele se intitula um mediador entre o movimentohip hop e a academia. Iglesias acompanha os jovens do movimento na cidade, ejá os levou até para se apresentar nas dependências da universidade. Opreconceito, embora esteja sendo vencido, ainda persiste, garante ele. "A elite vê o hip hop como uma contracultura, tem medo desses jovens, os vêcomo bandidos. No fundo é o preconceito de classe, racismo, intolerânciacontra o pobre. E o movimento quer ser aceito como cultura. Para isso,precisa haver um diálogo entre ambos, tanto a elite – que precisa aceitar omovimento -, como dos próprios jovens do hip hop, que precisam deixar de termedo de se aproximar de pessoas diferentes deles."Apoiado pelo Governo do Estado de Mato Grosso e pela Prefeitura Municipal deCuiabá, o Festival Consciência Hip Hop já é considerado o maior evento dacultura Hip Hop da região Centro-Oeste.O festival surgiu em 2005 com o objetivo de descentralizar e fomentar a artecrítica. Essa cultura é considerada hoje um dos instrumentos mais úteis deinclusão social no mundo. Promove a construção do conhecimento críticoatravés das manifestações artísticas dos jovens oprimidos, por meio doGraffiti (artes plásticas), MC (Música), DJ (Música), Break (dança) eBasquete de rua (Esporte).

Circulação hip hop do Centro-Oeste à Àfrica

Graffiti, break, rap, basquete de rua, debates e a participação de rappers mato-grossenses, da região Centro-Oeste e internacionais. Com uma programação rica e diversificada, o 3º Festival Consciência Hip Hop reunirá a juventude crítica neste feriadão.


Para começar, um debate acalorado vai reunir os representantes do hip hop doCentro-Oeste, autoridades, artistas e produtores culturais no " *ConsciênciaSeminário"*, que acontece na sexta (7) das 8:30 às 18 horas e no sábado (8),das 14 às 18 horas, no Clube Feminino. Na mesa de debates, temas como aprodução cultural, as leis de incentivo à cultura e a relação entre o hip hop e o poder. Os secretários de Cultura do município e do Estado, Mário Olímpio e João Carlos Vicente Ferreira, são presenças confirmadas. Também está prevista a participação do coordenador do Museu da Imagem e do Som deCuiabá "Lázaro Papazian", Paulo Traven, e do produtor cultural Pablo Capilé,do Espaço Cubo. No final, a meta é estabelecer uma linha de ação para o setor, com propostas de políticas públicas para o desenvolvimento do hip hopna região Centro-Oeste.


*Graffiti* – Grafiteiros de várias partes da região Centro-Oeste se unirãopara realizar intervenções em pontos importantes da cidade. A atividadecontará com a participação de integrantes da Crew Universo Paralelo, de SãoPaulo. Serão três intervenções. Duas na Praça do Museu do Rio, no bairro doPorto, na quinta (07) e sexta-feira (08), a partir das 20h e a terceira nosábado (08), das 8h às 12h, na Avenida Lava Pés, no centro de Cuiabá.

*Banda africana dará o tom da noite*


As noites do Festival serão regadas a muito esporte e, claro, rap da melhorqualidade. A programação acontece na Praça Tradições Culturais, ao lado doMuseu do Rio, no Porto, com entrada gratuita.


A estrela da noite de sexta (7) será a banda africana Sevenlox, que vai esquentar os palcos com seu rap cantado em inglês, português lusitano ecriolo (língua nativa da Guiné-Bissau), com batidas essencialmente pesadas emarcantes e melodias bem trabalhadas, carregadas de influências do hip hop edo Rithm & Blues. "Nós gostamos bastante do convite para vir para Cuiabá.Sempre fizemos shows do Rio de Janeiro para baixo. Estávamos voltando de um show no interior do Rio Grande do Sul essa semana e comentando como será legal fazer uma apresentação aí. Lugar diferente, pessoas diferentes e clima diferente", conta o produtor do grupo, Fabrício Chelmes. Criado em 2002, o Sevenlox é formado por Len "Lenzo Rizzo" Ferreira e Dima "Riztocrat" Dahaba, ambos vindos de Guiné Bissau, na África Ocidental. Atualmente, eles residem em Porto Alegre, onde também estudam. O show começa às 20 horas.


A banda paulistana SNJ–Somos Nós a Justiça se apresenta no sábado (8), nomesmo horário. Cris, W.jay, Bastardo e MC Tremolo formam o grupo, que já seapresentou em Cuiabá há cerca de quatro anos. "Naquela época, o movimentohip hop ainda estava engatinhando, as pessoas não conheciam muito esse tipode trabalho, mas, apesar disso, foi bem legal. Temos certeza que essa segunda apresentação será muito melhor", conta W.jay. Os shows contarãoainda com a participação de 40 grupos de rap de Goiás, Mato Grosso do Sul edo Distrito Federal.


Na mesma data e horário, um palco alternativo na praça receberá o"Consciência Batalha", onde MCs, DJs, B. Boys e B. Girls de vários estadosvão demonstrar suas habilidades artísticas, numa 'luta' pacífica.


*Esporte* - O basquete de rua marcará presença no Festival como elemento de inclusão e desenvolvimento social. Na sexta, à partir das 20 horas, umcampeonato da modalidade reunirá pelo menos 15 equipes, entre elas grupos do interior do Estado e de Brasília.


*Feira* - Moda, artesanato, música, tatuagens, tranças afros... Tudo isso emuito mais poderá ser conferido na Feira Urbana, um espaço para exposição ecomercialização de produtos ligados à cultura urbana cuiabana. Este ano, aFeira Urbana estará integrada à Feira de Economia Solidária, onde estaráexposta uma grande diversidade de produtos dos pequenos empreendedores,cooperados e artesãos de todo o Estado. A feira estará aberta à partir das18 horas, na sexta e sábado, na Praça das Tradições Culturais.

Festival derruba preconceitos


"A ONU não me engana, salve a heróica resistência iraquiana!". A frase,cantada pelo MC Higor Marcelo Lobo, no meio da Praça da República, na manhãdesta terça-feira (4) finalizou a participação dos alunos da escola estadual Mário de Castro, do bairro Pedra 90, no 3º Festival Consciência Hip Hop.Promovido pela Central Única das Favelas de Mato Grosso (Cufa-MT), com oapoio da Secretaria de Estado de Cultura, o Festival segue até o dia 8 desetembro, com atividades educativas e culturais em vários pontos da cidade.Na atividade de hoje, denominada Consciência Turismo, os alunos, guiados porintegrantes da Cufa-MT , fizeram uma viagem pelo mundo do hip hopmato-grossense. O roteiro começou no núcleo social da Cufa-MT no bairroJardim Vitória, onde eles conheceram o projeto "Favela Digital", pelo qual aentidade proporciona a jovens carentes do bairro o acesso à Internet ecursos de computação por preços acessíveis. O projeto, localizado na partecentral do bairro, conta também com uma biblioteca, a LiteraturaCentral. "Esse é um espaço de diálogo com a comunidade; aqui realizamos muitos eventos daCufa-MT, como foi o caso de lançamento do Festival. É o lugar onde aspessoas vêm para conhecer melhor a Cufa", explicou o integrante da entidade, Patrick, o Pack Nolé. Ao todo, cerca de 45 alunos da escola participaram da atividade.Acompanhando os estudantes estava a professora de Artes Simionai CastilhoLírio. Para ela, a principal vantagem do Consciência Turismo foi a quebra dopreconceito contra o movimento hip hop. "Os alunos acabam aprendendoverdadeiramente o que é a Cufa e o hip hop. As pessoas têm uma visão estereotipada desse movimento; acham que é só dançar break e associam com amalandragem", comentou ela. "Aqui, eles estão vendo que é muito mais queisso; é um trabalho de inclusão social muito grande."Acompanhando toda a movimentação, estavam os alunos do curso de audiovisualque está sendo oferecido paralelamente pelo Núcleo de Audiovisual da Cufa doRio de Janeiro. Durante todo o evento, eles irão registrar as atividades,material que será transformado em um documentário.Vencer o preconceito e a visão de que o movimento hip hop é unicamenteperiférico são alguns dos objetivos dos líderes do movimento. "O Brasil tem507 anos de existência e é sempre a mesma coisa: quilombo, periferia efavela. A população preta e pobre sempre foi marginalizada", alertou orapper HG, falando aos jovens reunidos na Praça da República.Natural de Dourados, no Mato Grosso do Sul, ele integra a banda FaseTerminal, uma das 40 bandas que se apresentarão durante o Festival. ParaHG, o acesso à informação é uma das principais armas na luta contra aalienação. "Com a Internet fica mais fácil ter acesso a outras fontes deinformação. Por isso o trabalho de inclusão digital desenvolvido pela Cufa étão importante. A Cufa tenta minimamente fazer o que o Estado deixa defazer. Porque o Estado só atende o interesse da classe dominante. Cansamosde esperar que as coisas venham de cima. De cima, só vem repressão", disseele.Morador do bairro Pedra 90, o rapper Wilson Alves, que participa domovimento hip hop há dois anos, achou interessante a atividade desenvolvidano Consciência Turismo. "É uma parada bem legal, bem educativa. Os alunosvão aprender o que é hip hop e ao mesmo tempo, nós do hip hop estamos tendoum contato maior com o público da escola", disse ele.A aluna Wingleth Patrícia Ferreira Lima, do Ensino Médio da escola Mário deCastro, apontou as vantagens do evento para a conscientização. "A genteconhece melhor o hip hop. Eu não conhecia a Cufa-MT; agora quero participarmais. Deveria ter uma base da Cufa também no Pedra 90", disse ela."Já tinha visto hip hop só na televisão e achava que era apenas uma misturade músicas. Hoje pude saber quais são os elementos dessa cultura", explicouo estudante Fábio Rogério Barros de Almeida, de 20 anos. Já o estudanteTiago Ferreira Carneiro, de 16 anos, apesar de já gostar de rap, pouco sabiada história do hip hop. "Não é bem como a gente pensava que era, é bemmelhor. Eu pensava que a pessoa cantava porque gostava, inventava a letra.Hoje dá para perceber que a música fala da realidade", resumiu ele.Quem estava passando pela Praça da República parou para ver o movimento, quecontou com demonstrações de break, MCs e graffiti. Alunos da escola Mário deCastro e moradores do bairro Jardim Vitória também entraram na dança emostraram suas habilidades. "Eu gostei muito. É bom para divulgar a cultura;tem gente que não reconhece o talento destes jovens", disse o auxiliar deserviços gerais Nelson Gean da Silva Rodrigues, de 20 anos. O tambémauxiliar de serviços gerais Rivaldo José da Silva, de 43 anos, aprendeu evai repassar o significado do hip hop. "É a primeira vez que vejo esse tipode apresentação. Não sabia o que era o hip hop; de agora em diante voutransmitir isso aos meus amigos", disse ele.

Curso de Audiovisual dá nova perspectiva a jovens

Uma idéia, um roteiro e muita pesquisa. Alguns dos passos para concretizar o sonho de realizar um documentário, videoclipe ou filme de ficção estão sendo aprendidos por jovens de diversos bairros carentes de Cuiabá no curso de Audiovisual oferecido pela Cufa-MT (Central Única das Favelas de Mato Grosso) como parte da programação do 3º Festival Consciência Hip Hop.A primeira aula, de Introdução ao Audiovisual, aconteceu na manhã desta quinta-feira (30), no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc). Como palestrantes, os integrantes do projeto Cufa-Audiovisual do Rio de Janeiro, Carlos Barros, o Saci, e Thiago Conceição.Concentrado na favela Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, o Núcleo de Audiovisual da Cufa tem levado aos jovens carentes uma nova perspectiva artística e profissional, a do cinema. E formado cada vez mais profissionais com prática no ramo de audiovisual.Saci, por exemplo, já atuou em diversas produções da TV e do cinema, entre elas o programa "Minha Periferia", dirigido por Regina Casé e exibido durante o Fantástico. Já Thiago é um dos integrantes da equipe do ator Lázaro Ramos, um dos parceiros da Cufa no Rio de Janeiro. "Muitas vezes acordo de manhã cedo, no domingo, com aquele calor e a praia do Rio, e vou trabalhar. Perdemos algumas coisas, mas ganhamos outras: aprendemos a operar equipamentos, adquirimos experiência com audiovisual", explicou Thiago aos jovens que compareceram hoje ao curso.A paixão pelo cinema fez Saci largar o emprego para ingressar no curso de audiovisual da Cufa. "Você tem que ir atrás, perseverar. No final do filme, quando passam os caracteres, seu nome está lá. Com isso, vai-se construindo um portfólio. Hoje sou feliz com o que eu faço", disse ele, dirigindo-se aos jovens.Além das questões técnicas referentes ao cinema, no curso também será repassada aos alunos um pouco da história do cinema, com exibição de clássicos brasileiros como Xica da Silva, Pixote e Terra em Transe. Durante todo o curso, que segue até o dia 8 de setembro, os participantes aprenderão um pouco mais sobre as técnicas de produção de vídeo-clipes, documentários efilmes de ficção, tudo acompanhado da exibição de filmes produzidos pelo núcleo de Audiovisual da Cufa-RJ.Para praticar o que aprenderam, os alunos farão um documentário sobre o 3º Festival Consciência Hip Hop, cuja programação inclui palestras, debates e shows gratuitos. A perspectiva de tornar-se uma videomaker animou a estudante Marielly Fernanda Gauna, de 15 anos. Moradora do bairro Jardim Vitória, em Cuiabá, ela integra a unidade da Cufa-MT no bairro e já sonha."Quero trabalhar com audiovisual. Fiz questão de estar aqui hoje porque sei que é importante. Mas isso não é fácil, terei que batalhar, correr atrás, mas quero aprender de tudo um pouco", comentou.Realizado pela Central Única das Favelas de Mato Grosso (Cufa-MT), o festival reúne arte, cultura, política e entretenimento, com atividades divididas em: Turismo, Filme, Seminário, Esporte, Batalha e Festival, além de uma Feira Urbana. O evento conta também com as prévias. A última delas acontece no próximo domingo (2), em Sinop.

*Consciência Turismo*
Nos dias 4, 5 e 6, o *Consciência Turismo* levará estudantes secundaristas por uma viagem pelos principais trabalhos de graffiti expostos em Cuiabá, uma oportunidade de desvendar trabalhos artísticos e romper preconceitos. O roteiro começa no Núcleo Social Cufa, no bairro Jardim Vitória, onde os estudantes conhecerão o trabalho de inclusão digital realizado pela Cufa-MTno bairro. De lá, seguem para o bairro Alvorada, onde visitarão muros graffitados. A viagem termina na Praça da República, onde os estudantes farão workshops de break, graffiti e DJ.

*Consciência Filme*
Também nos dias 4, 5 e 6, no *Consciência Filme, *serão exibidos vídeos-clipes, curtas e longas metragens em escolas de Cuiabá e Várzea Grande e no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (MISC). A programação acontece no período matutino e noturno e a entrada é gratuita. No roteiro, os filmes "Mina de Fé", "O Jeito Brasileiro de ser Português", "O Omelete" e "Neguinho e Kika", produzidos pelo grupo Nós do Morro, organização carioca do Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro.

*Consciência Seminário*
Nos dias 7 e 8, haverá o *Consciência Seminário*, espaço de palestras e debates sobre temas como a produção cultural e independente, as leis de incentivo à cultura e as relações entre o Hip Hop e o poder público, entre outros. O secretário adjunto de Cultura do Distrito Federal, Beto Sales, é presença confirmada. Também comporão as mesas o secretário municipal deCultura, Mário Olímpio, o secretário estadual de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, o coordenador do Misc, Paulo Traven e o produtor cultural Pablo Capilé, do Espaço Cubo, além de representantes da CUFA de vários estados. Os debates acontecem no Clube Feminino, no Centro Histórico de Cuiabá. Ao final, as demandas serão sistematizadas e serão sugeridas políticas públicas para o setor.*Consciência Esporte*Para os fãs de basquete de rua e de skate, a programação estará no *Consciência Esporte*, também nos dias 7 e 8. A programação acontece à partir das 20 horas, na Praça Tradições Culturais, no bairro do Porto.

*Consciência Batalha*
Na mesma data, um palco alternativo na praça receberá o *Consciência Batalha *, onde MC's, DJ's, B. Boys e B. Girls de vários estados vão demonstrar suas habilidades artísticas, numa 'luta' pacífica.

*Feira Urbana*
Nos dias 7 e 8, o *Consciência Feira Urbana *vai aproximar artistas do cenário hip hop e seus fãs. Na feira, o público poderá comprar, direto com os músicos e a preços mais acessíveis, CDs, camisetas e outros produtos. No local também será feito trança afro.

*Shows gratuitos*
O grupo de rap africano Sevenlox será uma das atrações dos shows do Festival, que acontecem também na praça Tradições Culturais, à partir das 20 horas. O Sevenlox tocará no dia 7 e, no dia 8, será a vez do d*a banda SNJ-*Somos nós da Justiça, de São Paulo. Os shows contarão ainda com a participação de 40 grupos de rap de Goiás, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal. A entrada é gratuita.




*Festival surgiu em 2005*
O Festival Consciência Hip Hop surgiu em 2005 com o objetivo de descentralizar e fomentar a arte crítica. Essa cultura é considerada hoje um dos instrumentos mais úteis de inclusão social no mundo. Promove a construção do conhecimento crítico através das manifestações artísticas dos jovens oprimidos, por meio do Graffiti (artes plásticas), MC (Música), DJ (Música), Break (dança) e Basquete de rua (Esporte).

No seu terceiro ano consecutivo, o festival já é considerado o maior evento da cultura Hip Hop da região Centro-Oeste. Mais informações: 3023 6026.

Curso de Audiovisual faz parte do 3º Festival Consciência Hip Hop

Um curso de Audiovisual será ministrado durante o 3º Festival ConsciênciaHip Hop. Entre os dias 30 de agosto e 8 de setembro, 40 pessoas terão aoportunidade de aprender sobre a arte cinematográfica em aulas teóricas epráticas, realizadas no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá, Misc.

Serão formadas duas turmas de 20 pessoas, divididas entre o períodovespertino e noturno. Ao todo serão cerca de 40 horas de aula para cadaturma. Os professores, Carlos Barros e Thiago Conceição, são integrantes daCufa-Audiovisual do Rio de Janeiro e as matérias aplicadas serão: Introduçãoao Audiovisual, Documentário, Ficcção, Clipes e Institucionais, comexibições de filmes, debates e aulas práticas. Todos os dias haverá manuseiode câmera, relacionado ao assunto da aula.

O curso de Audiovisual começa no dia 30 de agosto. As inscrições, gratuitase limitadas, podem ser feitas no escritório do Festival, no Clube Feminino,Avenida Barão de Melgaço. Outras Informações: 3023-6026.*O AUDIOVISUAL DA CUFA -* A CUFA possui um núcleo de audiovisual,concentrado na base da Cidade de Deus, que reúne uma gama de diretores,produtores e roteiristas, na maioria, formados pela própria instituição,responsáveis pela realização de filmes, vídeos e peças audiovisuais.

Em paralelo ao núcleo, acontece o curso de audiovisual, um dos maiores emais reconhecidos projetos da CUFA, que há seis anos capacita jovens para omercado de trabalho, através de aulas teóricas e práticas de técnicas decinema e palestras relacionadas ao campo do audiovisual.

O projeto, que hoje conta com 80 alunos, visa estimular o potencial técnico,artístico e empreendedor dos jovens, que passam a utilizar a câmera e osdemais equipamentos da tecnologia audiovisual como instrumento de expressãoe reflexão crítica.

O objetivo é proporcionar os subsídios necessários para que os jovensdesenvolvam uma linguagem própria, pautada pela diversidade, qualidade einovação. O aprendizado que nossos alunos têm durante o processo educativopossibilita a construção de todo o conteúdo para a realização concreta deproduções, que incluem videoclipes, filmes documentários e de ficção,registro de eventos culturais entre outros.Com este trabalho, o Curso de Audiovisual da Cufa abre espaço para a criaçãoe colabora para a inclusão desses jovens, na medida em que promove o acessodas camadas menos favorecidas da sociedade aos bens culturais e asferramentas da produção audiovisual, até então, destinados,fundamentalmente, às classes mais favorecidas.Como resultado deste processo educativo há a formação de alunosmultiplicadores de conhecimento, mais conscientes de sua imagem e das formaspossíveis de retratá-la. Dessa maneira, o trabalho desenvolvido pelo Cursode Audiovisual da Cufa atua na transformação e ampliação das perspectivasprofissionais e pessoais, já que além de promover a inserção no mercado detrabalho, contribui de forma determinante na elevação da auto-estima dosjovens.Além disso, outra importante conseqüência do trabalho é a formação de novasplatéias, tendo em vista que as produções integram circuitos de difusãoindependentes, bem como há a atuação na criação de novos espaços.

*O Festival -* O 3º Festival Consciência Hip Hop foi lançado no último dia16 e acontece em Cuiabá entre os dias 4 e 8 de setembro. Maior evento dogênero na região Centro-Oeste, reunirá pela primeira vez participantes dosestados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso."Queremos dar um caráter mais regional ao festival, uma cara mais deCentro-Oeste mesmo. O objetivo final é que possamos nos organizar e lutarpara que a cultura hip hop se desenvolva mais", explicou do DJ Taba, um dosorganizadores do evento.

Prévia Festival Consciência Hip-Hop em Primavera amanhã

A Prévia do Festival Consciência Hip-Hop em Primavera do Leste acontece amanhã à partir das 13:30h e contará com a presença do rapper MV Bill. O evento, se estenderá até o dia seguinte, 17/08, finalizando com shows de rap.

Confira a seguir a progamação completa:

DIA:16/08

13:30-Oficinas da Cultura Hip-Hop(Dj,Break e Graffiti) e Basquete de rua.

19:00-Abertura

Local:Faculdades Unicem, Apresentações Culturais.

19:30-Exibição do DocumentárioFlacão,Meninos do TráficoDebate com a Presença de MV BILL


DIA 17/08

PRAÇA DE EVENTOS

Liga Urbana de Basquete de Rua(inscrições Abertas na sede da cufa no Ginásio de Esportes Pianão)

19:00-Show de RAP com Grupos:Conexão da Rima(Pva),Linha Dura e Dj Taba(Cbá)Beto Brown(Pva), PVA Mc s, Rajadas de rima(Pva)e MV BILL (RJ).

Exposição de Artesanato.

informações :(66) 9208-8985




Lançamento do programa consciência Hip-Hop 2007.

A CUFA - Central Única das Favelas de Mato Grosso convida para o lançamento do programa consciência Hip-Hop 2007.

O programa lançará os projetos: ‘ III Festival Consciência Hip-Hop’ e ‘Oficinas Consciência Hip-Hop’ que atenderá o Centro Sócio Educativo Complexo Pomeri, Programa Liberdade Assistida e a Comunidade Jardim Vitória em Cuiabá.


O Lançamento terá como anfitrião da festa, o Rapper MV Bill diretor do Documentário Falcão - Meninos do Tráfico.

O programa é uma parceria com a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública- SEJUSP, Secretaria Estadual de Cultura e Prefeitura Municipal de Cuiabá.


Serviço:
O que: Lançamento do Programa Consciência Hip-Hop
Onde: EMEB Dejani Ribeiro Campos, Rua 07 s/n ,quadra 13, Jd. VitóriaPróximo a garagem de ônibus da Pantanal transporte na Av. José Torquato
Quando: 16/08/07 às 8:00horas