Consciência Hip-Hop realiza seminários

por Ney Hugo


alunos do Colégio Tiradentes, na plenária

Aconteceu hoje no Auditório da Polícia Militar o primeiro dos seminários que o Consciência Hip-Hop está realizando durante essa semana. O processo visa a reflexão em cima de políticas de atuação no campo sócio-cultural, baseado no contexto do hip hop matogrossesense. O tema de hoje foi “Segurança Pública – Violência; Desigualdade Social e Discriminação das minorias”. Com mediação de Paulo Linha Dura, da CUFA, os debates contaram com diversos palestrantes.

Entre eles, Ana Elise, da CONEM – Conselho Estadual de Entorpecentes. Sendo um órgão de deliberação coletiva, vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, o conselho visa trabalhar com métodos de prevenção e reabilitação de alcoólatras e dependentes químicos; problema grave que atinge inclusive membros da polícia.

Quem também prestou depoimento no seminário foi o Capitão Vitalino, da Polícia Comunitária, que dissertou a respeito dos trabalhos realizados pela polícia militar em parceria com comunidades. Segundo Vitalino, existem três formas de controle social: A consciência do indivíduo, convívio familiar e justiça Criminal (a polícia).

Concentrando grande parte dos trabalhos na prevenção, a polícia comunitária realiza também a capacitação artística da comunidade, investindo por exemplo em projetos de capacitação artística, como o artesanato.

Um outro palestrante foi o professor Clóvis Arantes, representante da Livre Mente, uma ONG que milita a favor da diversidade sexual. Prendendo a atenção da plenária em seu discurso, Clóvis abordou a problemática do “ensino” de sexualidade nas escolas. Segundo o professor, as escolas abordam apenas a questão da reprodução, preparando o jovem para o futuro. “As informações sexuais são abordadas como se o jovem não sentisse desejos no presente”, completou Clóvis. De forma bem humorada e em tom irônico e sarcástico, o professor manifestou repúdio contra as atitudes de preconceito sofridas por aqueles que tem sexualidade diferente do “normal”.

Outro depoimento interessante foi o do Sr. Djalma, diretor sócio-educativo do Complexo Pomery, que contou um pouco sobre as atividades de reabilitação feita com os internos, alguns deles em parceria com a CUFA. Pra quem não sabe, o Complexo Pomery é a unidade de reabilitação de menores infratores em Mato Grosso.


Major Paulo Ávila

Uma outra palestra muito interessante foi a do Major Paulo Ávila, o “Linha Dura da Polícia”, segundo o próprio, divertindo-se com o Linha Dura da CUFA, que coincidentemente também se chama Paulo Ávila.

Paulo, o Major, é também formado em ciências contábeis e atua na área de pesquisa estatística. Em sua fala, Ávila levantou questões muito pertinentes a respeito da análise coerente em cima das estatísticas, levando em consideração a opinião de psicólogos e sociólogos a respeito do tema.

Os seminários da CUFA se estendem ainda para mais dois dias. Confira a programação dos debates de quinta e sexta:

Data: 09/11/2006 – Quinta Feira;
Horário: 15:00 as 18:00.
Local: Palácio da Instrução.

·Os meios de comunicação da Cultura Hip-Hop.
·Convidados:
* Freitas – Real Hip-Hop –
* Prof. da UFMT – Elton Rivas;
* Jornal Impresso – Lidiane Barros – Jornal Folha do Estado;
** Mediador: Pablo Capilé


Sata: 10/11/06 – Sexta Feira:
Horário:15:00 as 18:00
Local: Palácio da Instrução.


·Diagnóstico da Rede Mato Grossense de Hip-Hop.
·Convidados:
*Wesley – Barra do Garças
* Dentinho – Primavera do Leste;
* Dj Cabeção – Rondonópolis;
* Dj Spinha – Cuiabá.
* Dj Taba;
* Mediador – Anderson – Sinop;

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